segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bibliotecas ajudam-se para ‘fazer’ leitores

Num “tempo acelerado que confunde o saber com o clique”, as bibliotecas continuam a ter o seu papel, lembrou ontem, em Vila Nova de Famalicão, a coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares, Teresa Calçada.

Teresa Calçada, que falava na abertura do 2.º Encontro do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares, afirmou que, paradoxalmente, “pode parecer que é preciso ler menos porque a informação está ao alcance de um clique”, mas é preciso potenciar a informação em conhecimento.As novas tecnologias - de que já não se pode prescindir - devem ser “potenciadas e criticadas para que o utilizador seja mais leitor” sustenta aquela responsável, que acredita que a “colaboração entre as bibliotecas públicas e escolares melhora as condições para chegar a essa desiderato”.As bibliotecas são “instrumentos na capacitação de alunos, professores e famílias para a mais-valia da leitura” apontou.

A coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares sublinha que “os leitores não estão feitos, fazem-se” e, na sociedade da informação, “temos que fazer leitores competentes num conjunto de suportes de informação”.“Leitores mais competentes e mais críticos” é o objectivo das bibliotecas, sejam públicas ou escolares, diz Teresa Calçada.Ontem, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco reuniram-se professores e serviços de apoio às bibliotecas escolares com o intuito de partilharem boas práticas.

Em Vila Nova de Famalicão, foi mesmo constituído, no início deste ano, um Grupo de Trabalho das Bibliotecas do concelho.O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Ricardo Mendes, realçou a importância do serviço de apoio às bibliotecas escolares.“Cada vez mais é necessário um esforço para continuar a fomentar o gosto pela leitura, porparte dos mais novos e dos menos novos” afirmou Ricardo Mendes.

O representante do Município assegura que “em Famalicão os espaços são dignos e apropriados para fomentar esse gosto”, aproveitando para dar conta do “grande esforço feito pelo município a nível de equipamentos culturais”.Actualmente, 26 bibliotecas escolares de Famalicão integram a rede nacional, referiu o coordenador interconcelhio, António Pires.

Fonte: Correio do Minho
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nova Biblioteca municipal de Espinho inaugurada sem livros

O edifício da nova Biblioteca Municipal de Espinho vai ser inaugurado hoje, mas o espaço continuará fechado. É que falta o essencial para o seu funcionamento, ou seja, livros, periódicos e todo o restante fundo documental.

A data de abertura ao público está, por isso, ainda em suspenso, continuando a funcionar a biblioteca provisoriamente instalada no salão nobre da Piscina Solário Atlântico.

Apesar disso, todas as atenções se virarão hoje para o Parque João de Deus, também requalificado, onde foi construída de raiz aquela que, em 2004 e segundo um estudo citado pelo vice-presidente da Câmara, Rolando de Sousa, era a obra mais ambicionada pela população.

A biblioteca, cujo projecto de arquitectura ficou a cargo de Rui Lacerda, foi concebida tendo por base a forma dos antigos quarteirões de Espinho, cujo centro ficava sempre livre. Neste caso, o interior da biblioteca é marcado por um espaço aberto, dispensando assim a existência de corredores.

Curioso é o facto de o edifício ser atravessado por uma rua que liga a Avenida 24 ao interior do Parque João de Deus. O objectivo passou por levar as pessoas que habitualmente já por ali entravam a caminho do jardim a continuar a fazê-lo de forma a convidá-las a entrar na biblioteca.

Um espaço bem diferente do inicialmente previsto, com três pisos, e que foi considerado demasiado grande e dispendioso.

Recorde-se que o projecto teve de ser reformulado de forma a cumprir as regras das Bibliotecas Municipais do tipo 2, ou seja, para concelhos com população entre os 20 mil e os 50 mil habitantes. Além das secções diferenciadas para adultos e crianças, a biblioteca integra também espaços polivalentes para actividades de animação, colóquios e exposições. Tratou-se de um investimento na ordem dos 2,5 milhões de euros.

Fonte: Jornal de Noticias
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Equipamento, instalações e mobiliário